por Bruno Lobo, Advisor of Digital Security da Italtel 

Apesar do aplicativo ter recursos que ajudam a diminuir o risco das informações serem acessadas por criminosos, não é incomum sabermos que alguém próximo foi vítima. Um levantamento feito em outubro de 2020 apurou que, somente naquele mês, 453 mil pessoas tiveram seu WhatsApp clonado ou tiveram a conta falsificada – uma média assustadora de 15 mil vítimas por dia.

Como acontece a fraude

O fraudador liga ou envia uma mensagem passando-se por um funcionário de um site de compra/venda ou de um banco e informa que irá enviar um código promocional ou código de confirmação.

Ele solicita que a vítima informe esse código quando, na verdade, é a verificação do WhatsApp e, com isso, o fraudador consegue clonar a conta da vítima.

Após a conclusão da clonagem, o fraudador passa a enviar mensagens para os contatos cadastrados em sua agenda, se passando pela vítima e pedindo dinheiro. Os fundamentos para solicitação de dinheiro emprestado são as mais diversas e, em sua maioria, os principais alvos dessa ação são os parentes mais próximos e amigos que, acreditando na veracidade do pedido, acabam realizando o deposito ou transferindo os valores seguindo as coordenadas passadas.

Como evitar a fraude:

a) Ative o segundo fator de autenticação (2fa) no WhatsApp.  Em caso de dúvida: acesse o link e veja como: https://faq.whatsapp.com/general/verification/about-two-step-verification/?lang=pt_br

b)  JAMAIS  forneça o código verificador do WhatsApp que você recebe via SMS em seu celular.

c) Não instale apps de terceiros nem compartilhe informações pessoais a pedido de ninguém pelo WhatsApp.

d) Desconfie de situações em que a pessoa solicita a realização de transferências e pagamentos em caráter de urgência.

e) Ligue para a pessoa que supostamente solicitou o dinheiro e verifique se realmente é ela quem está pedindo a transação.

Fui vítima! O que fazer?

Celular clonado

a) Envie um e-mail para support@whatsapp.com com o assunto “CONTA HACKEADA – DESATIVAÇÃO DE CONTA”. Relate o ocorrido e siga as instruções do provedor.

b) Em posse de todas essas informações, procure a Delegacia de Polícia mais

próxima de sua casa ou registre um Boletim de Ocorrência Eletrônico através do site da Delegacia.

c) Peça para amigos e familiares excluírem o telefone clonado de grupos e alertarem o máximo de contatos em comum sobre o ocorrido.

Caí no golpe e realizei pagamentos a pedido do fraudador. O que devo fazer?

a) Entre em contato com o banco e tente bloquear o valor.

b) Providencie cópia (prints) das conversas realizadas, bem como do comprovante de pagamento.

c) Em posse dessas informações, procure uma Delegacia de Polícia para o registro de Boletim de Ocorrência.

Vale, ainda, a recomendação: refletir se aquela mensagem é legítima e, sempre, desconfiar. Não é porque estamos em casa ou atrás de um celular que estamos seguros.